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Cardeal Parolin conduz retiro espiritual na Assembleia da CNBB em Aparecida

Secretário de Estado do Vaticano guia bispos brasileiros em reflexões sobre sinodalidade, comunhão e missão durante o evento anual

Em Aparecida, São Paulo, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) teve início com um retiro espiritual marcante, orientado pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano. Este momento de reflexão e espiritualidade ocorreu entre os dias 10 e 11, marcando o começo do encontro anual dos mais de 440 bispos do país.

Durante o retiro, o Cardeal Parolin trouxe à tona a visão do Papa Francisco sobre o compromisso dos bispos com as áreas mais desafiantes do Brasil, citando uma fala do pontífice de 2013. Ele destacou a importância da sinodalidade na Igreja, baseando-se nas diretrizes de comunhão, participação e missão, sugeridas pelo Papa Francisco desde 2019.

Na sua abordagem sobre a comunhão, Parolin refletiu sobre a essência da Igreja, utilizando a metáfora do corpo para discutir a importância da unidade e da colaboração. Ele enfatizou a necessidade de uma estima recíproca baseada no amor, como fundamento para a vida eclesial.

O retiro também foi marcado por uma Celebração Eucarística especial, liderada por Parolin e concelebrada por bispos jubilares, onde se meditou sobre a figura de São João Batista e a grandeza de Jesus Cristo.

Na sequência, o Cardeal abordou o tema da participação, comparando a construção da Igreja à edificação de um edifício em família e comunidade, destacando o papel de cada cristão como “pedra viva” na estrutura da Igreja.

Uma Celebração Penitencial, presidida por Dom João Inácio Müller, arcebispo de Campinas, proporcionou um momento de introspecção e reflexão sobre a fraternidade e a amizade social, enfatizando a importância da conversão e da vivência dos valores evangélicos.

Por fim, Parolin concluiu o retiro com reflexões sobre a missão da Igreja, comparando-a a um raio de luz que emana de Cristo. Ele reiterou que a atividade missionária deve ser uma empreitada coletiva, iluminada pela presença de Cristo e guiada pela sinodalidade.

Ao encerrar, o Cardeal reforçou o chamado à unidade e à caminhada conjunta dos cristãos, antecipando os eventos significativos da segunda etapa do Sínodo em 2024 e o Jubileu de 2025. A luz divina, segundo ele, deve guiar a Igreja em seu caminho de participação, comunhão e missão, iluminando o percurso sinodal para toda a comunidade eclesial.

Fonte: Vatican News