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As relíquias de São Francisco Xavier na Índia

O santo cofundador jesuíta descansa na Basílica do Bom Jesus, em Goa, Índia, atraindo peregrinos de todo o mundo

Os amados restos mortais do cofundador jesuíta e santo repousam na Basílica do Bom Jesus, de 400 anos, em Goa, Índia, um popular local de peregrinação.

Quando se pensa em países católicos, a Índia pode não ser o primeiro lugar que vem à mente. No entanto, o cristianismo chegou cedo ao subcontinente indiano, nos primeiros anos, e missionários católicos vêm estabelecendo paróquias lá há séculos.

Em Goa, missionários portugueses pertencentes a várias congregações, incluindo franciscanos, dominicanos, jesuítas e agostinianos, têm estado ativos desde pelo menos o século XV, com alguns contatos anteriores entre o mundo católico e o estado indiano datando do primeiro século. Diz-se que o apóstolo Tomé evangelizou na Índia.

Goa, que no século XVI era uma grande cidade para os padrões da época, com uma população de 200.000 pessoas, hospedou a primeira comunidade jesuíta no país e foi considerada o nó central da vasta rede global dos jesuítas na época.

Não é surpresa, então, que os restos de São Francisco Xavier, um dos mais proeminentes missionários jesuítas do século XVI, sejam preservados na Velha Goa, dentro do Patrimônio Mundial da UNESCO, a Basílica do Bom Jesus.

Concluída em 1605, a Basílica do Bom Jesus é a primeira basílica menor da Índia – alcançou o status de basílica em 1946 – e um dos melhores exemplos de arquitetura barroca do país. Sua fachada de 183 pés de altura, que combina estilos jônico, dórico, coríntio e composto, foi construída com pedra de granito preto local, enquanto a maior parte dos interiores é feita de mármore e pedra local.

Inspirada na estética dos jesuítas, a igreja é imponente, mas simples. A característica mais notável do interior da igreja é uma estátua imponente de Santo Inácio de Loyola, fundador da Sociedade de Jesus.

A igreja atrai constantemente visitantes e fiéis, graças em parte ao seu status de Patrimônio Mundial da UNESCO. Os fiéis vêm em massa no dia 3 de dezembro, dia da festa de São Francisco Xavier, quando multidões lotam a basílica secular para celebrar o legado do santo jesuíta.

São Francisco Xavier, que cofundou a Sociedade de Jesus com Inácio de Loyola e outros, baseou-se em Goa nos anos 1541-1549, pregando e convertendo muitos locais ao cristianismo. De Goa, ele viajou extensivamente para áreas circundantes, incluindo a ilha de Ceilão (atual Sri Lanka) e o Japão, onde liderou a primeira missão cristã oficial em território japonês.

Ele morreu em dezembro de 1552 na Ilha de Sancian, em Jiangmen, China, enquanto tentava viajar para a China continental. Seu corpo foi primeiro levado para a Malaca Portuguesa, na atual Malásia, e depois de volta a Goa, o centro da rede asiática dos jesuítas.

Seu santuário, um caixão de prata alojado em uma capela localizada no lado sul da basílica, foi presenteado pelo Grão-Duque Cosimo III da Toscana e esculpido pelo escultor florentino Giovanni Battista Foggini entre 1689 e 1694.

É considerado um raro exemplo de arte italiana e indiana em fusão. É dividido em vários painéis, cada um representando momentos importantes da vida de São Francisco Xavier.

A cada 10 anos, os restos de São Francisco Xavier são apresentados para exibição pública, atraindo milhares de peregrinos de todo o mundo. A próxima exibição pública está prevista para 2026.

Com Informações de Aleteia

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