Papa Francisco Pede Diplomacia da Esperança em Discurso Anual
Pontífice defende a verdade, o perdão, a liberdade e a justiça como pilares para a paz mundial.
Em seu discurso anual ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, o Papa Francisco delineou sua visão para uma “diplomacia da esperança”, fundamentada na verdade, no perdão, na liberdade e na justiça. O Santo Padre, em mensagem lida por Dom Filippo Ciampanelli, subsecretário do Dicastério para as Igrejas Orientais, destacou a importância do ano jubilar para a Igreja Católica como um chamado à redescoberta do essencial.
Francisco expressou gratidão às autoridades italianas pelos preparativos para receber milhões de peregrinos em Roma durante o Jubileu de 2025. Ao mesmo tempo, reconheceu os desafios que o mundo enfrenta, como conflitos, terrorismo, tensões sociais e a construção de novas barreiras entre os povos. Diante desse cenário, o Papa convidou a todos a rejeitar a “lógica do confronto” e a abraçar a “lógica do encontro”, buscando construir um futuro de paz.
O Pontífice defendeu uma “diplomacia da verdade”, que conecte realidade, verdade e conhecimento, proporcionando uma linguagem comum ancorada na realidade. Criticou as tentativas de manipular o significado de termos e reinterpretar acordos de direitos humanos, condenando a “colonização ideológica” que visa desmantelar tradições e valores. Reafirmou a posição da Igreja contra o aborto, considerando inaceitáveis as tentativas de estabelecer um “direito ao aborto”.
Francisco também conclamou por uma “diplomacia do perdão”, capaz de curar feridas causadas pelo ódio e pela violência. Apelou pelo fim dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, lembrando o sofrimento dos civis inocentes. Condenou a proliferação de armas e reiterou que “a guerra é sempre um fracasso”. O Papa ainda mencionou conflitos em outras regiões, como Mianmar, Sudão e República Democrática do Congo, e condenou o crescente antissemitismo e a perseguição aos cristãos.
O Santo Padre defendeu uma “diplomacia da liberdade”, que combata o tráfico humano, o vício em drogas e outras formas de escravidão moderna. Instou as nações a acolherem migrantes e refugiados, buscando soluções para as causas da migração forçada. Por fim, defendeu uma “diplomacia da justiça”, afirmando que não há paz sem justiça, e reiterou seu apelo pelo fim da pena de morte em todo o mundo.
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Com informações de Vatican News