Santa Sé Reitera Posição Firme Contra a Barriga de Aluguel

Durante uma reunião na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça, a Santa Sé reafirmou sua posição contra a prática da barriga de aluguel. Gabriella Gambino, subsecretária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, moderou o evento intitulado “A que preço? Rumo à abolição da barriga de aluguel: prevenir a exploração e a mercantilização de mulheres e crianças”, organizado pela Missão Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra e pela Fundação Caritas in Veritate.

Gambino destacou que a barriga de aluguel constitui uma grave violação da dignidade e dos direitos de mulheres e crianças, pedindo à comunidade internacional que estabeleça uma proibição absoluta dessa prática. Ela enfatizou que há um consenso global contra a barriga de aluguel, abrangendo diversas posições políticas, éticas e religiosas. Segundo Gambino, é crucial uma resposta internacional para combater o “turismo procriativo”, que perpetua a exploração transnacional de mulheres e crianças.

A subsecretária também citou a Declaração Dignitas Infinita, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, que afirma que toda criança tem direito a uma origem plenamente humana e a uma vida que respeite a dignidade de quem a dá e de quem a recebe. Gambino ressaltou que não existe um direito legal ao filho que justifique qualquer prática procriativa, alertando para as consequências negativas da barriga de aluguel, como a despersonalização e comercialização das mulheres e a coisificação das crianças.

O Papa Francisco, em várias ocasiões, denunciou a prática da barriga de aluguel, classificando-a como desumana. Em junho de 2022, ele destacou que a dignidade humana está ameaçada por essa prática, que explora mulheres e trata crianças como mercadorias. A Igreja Católica sempre defendeu a originalidade da transmissão da vida através da união sexual dos cônjuges, rejeitando qualquer intermediação técnica.

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Com informações de ACI Digital