Papa abre Porta Santa em prisão e reforça mensagem de esperança

Em um gesto sem precedentes na história dos Jubileus, o Papa Francisco abriu uma Porta Santa na prisão de Rebibbia, em Roma. A cerimônia, realizada nesta quinta-feira, 26 de dezembro, reforçou a mensagem de esperança que o Pontífice tem enfatizado desde o início do Ano Santo.

Durante a homilia, Francisco afirmou que “a esperança nunca desilude” e convidou os presentes a abrirem seus corações. “Abrir as portas é um belo gesto”, disse o Papa, “mas mais importante é abrir o coração. O coração aberto constrói a fraternidade, enquanto o coração fechado, duro, não ajuda a viver”.

A graça do Jubileu, explicou Francisco, é abrir-se à esperança. Comparando a esperança a uma âncora, o Papa encorajou os presentes a se manterem firmes, mesmo quando as dificuldades surgem. “A corda pode ser difícil, machucar as mãos”, disse, “mas devemos sempre segurá-la, olhando para a margem que nos leva adiante”.

O Santo Padre destacou que abrir o coração é fundamental para construir a fraternidade. “Um coração fechado se torna duro como pedra, esquece a ternura”, alertou. “O coração aberto é o que nos torna irmãos.” Francisco encerrou sua homilia desejando um feliz Jubileu a todos, garantindo suas orações diárias pelos presentes e pedindo que também rezassem por ele.

Antes da Missa, o Papa bateu na Porta Santa por seis vezes, abrindo-a em seguida. Ele entrou acompanhado pelo bispo auxiliar de Roma, Dom Benoni Ambarus, dois detentos e dois agentes prisionais. Cerca de 300 pessoas participaram da celebração, que contou com a participação de um coral formado por 20 detentos. Outros 12 detentos serviram ao altar. As leituras foram feitas por um detento e uma guarda prisional.

Ao final da Missa, Francisco cumprimentou os presentes, recebeu alguns presentes e ofereceu lembranças. Ele doou à prisão uma réplica da Porta Santa da Basílica de São Pedro e um pergaminho sobre a abertura da Porta Santa em Rebibbia. A visita também incluiu uma passagem pelo presépio feito pelos detentos.

A abertura da Porta Santa em Rebibbia, um gesto inédito, foi anunciada pelo Papa na Bula de Convocação do Jubileu, como um sinal concreto de proximidade com os presos. No documento, Francisco defendeu iniciativas governamentais que restituam a esperança aos presos, como formas de anistia, perdão da pena e percursos de reinserção social.

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Com informações de Agência Ecclesia e Vatican News