Francisco: palavras como instrumento de paz e transformação

Em um gesto de gratidão e reflexão, o Papa Francisco respondeu a uma mensagem de solidariedade enviada por Luciano Fontana, diretor do renomado jornal italiano Corriere della Sera. Na carta, o Pontífice aproveita para compartilhar pensamentos profundos sobre a fragilidade humana, o poder das palavras e a urgente necessidade de paz em nosso mundo.

Francisco inicia sua missiva agradecendo o apoio recebido durante seu período de enfermidade. Com sensibilidade, ele observa como momentos de vulnerabilidade podem nos tornar mais conscientes sobre o que realmente importa na vida. “A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata”, pondera o Papa.

O Santo Padre então direciona sua atenção para o papel crucial dos meios de comunicação na sociedade contemporânea. Ele encoraja Fontana e todos os profissionais da área a reconhecerem o imenso poder das palavras. “Elas nunca são apenas palavras: são fatos que constroem os ambientes humanos”, enfatiza Francisco, destacando como a linguagem pode unir ou dividir, servir à verdade ou manipulá-la.

Com uma eloquência característica, o Papa faz um apelo contundente: “Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra”. Ele ressalta a necessidade de reflexão, calma e compreensão da complexidade dos desafios que enfrentamos, especialmente em tempos de conflito.

Francisco não deixa de abordar temas cruciais como a diplomacia e o papel das organizações internacionais, clamando por uma renovação de sua vitalidade e credibilidade. Ademais, o Pontífice sublinha o potencial das religiões em nutrir o desejo de fraternidade, justiça e esperança de paz entre os povos.

Ao concluir sua carta, o Papa convoca todos a se unirem nesse esforço coletivo por um mundo melhor, expressando confiança na graça divina para inspirar e guiar esse empenho. As palavras de Francisco ressoam como um chamado à ação e à reflexão, relembrando-nos do poder transformador que cada um de nós possui através da comunicação consciente e compassiva.

Com informações de Vatican News