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Cardeal Re abre o Conclave com apelo à oração e à unidade da Igreja

Na Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, o Decano do Colégio Cardinalício exorta à escuta do Espírito Santo e à eleição de um Papa que conduza a Igreja com amor e fidelidade ao Evangelho

Teve início, neste 7 de maio, o Conclave para a eleição do novo Sucessor de Pedro, com a celebração da Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Realizada na Basílica de São Pedro, a solenidade contou com a presença dos cardeais e de milhares de fiéis, unidos em oração por este momento de grande importância para a Igreja.

Na homilia, o cardeal Re destacou que, assim como os primeiros discípulos, também os cardeais estão reunidos em oração, aguardando a ação do Espírito Santo, sob o olhar maternal de Maria. “Todos perseveravam unidos em oração com Maria, a Mãe de Jesus (cf. At 1,14)… é exatamente isso o que nós também estamos fazendo”, disse, lembrando que a missão da Igreja se apoia na fidelidade à vontade de Deus.

O cardeal enfatizou que a oração e a invocação do Espírito Santo são atitudes essenciais neste processo de discernimento. “Estamos aqui para implorar sua luz e sua força, a fim de que seja eleito o Papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, afirmou. Segundo o Decano, trata-se de uma responsabilidade grave e profundamente espiritual, que exige dos cardeais o total desapego de interesses pessoais, olhando unicamente para Cristo e para o bem da Igreja.

Ao meditar sobre o Evangelho proclamado, o cardeal Re recordou o mandamento do Senhor na Última Ceia: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Para ele, este é o verdadeiro distintivo da fé cristã. “O amor é a única força capaz de mudar o mundo”, afirmou, citando também São Paulo VI ao falar da “civilização do amor” e reforçando que essa atitude deve orientar tanto a escolha do novo Papa quanto as ações da Igreja nos dias atuais.

Re também destacou que um dos papéis centrais do Papa é ser sinal de comunhão entre os fiéis. Essa comunhão, disse ele, “deve ser sólida, profunda, e não uniforme, mas unida pela fidelidade plena ao Evangelho”. A missão do novo Pontífice, portanto, é promover a unidade entre os cristãos, entre os povos e as culturas, tornando a Igreja cada vez mais “casa e escola de comunhão”.

Por fim, o cardeal recordou que a eleição do Papa não é apenas a substituição de uma pessoa por outra, mas sim o retorno espiritual do Apóstolo Pedro na figura do escolhido. Disse ainda que os cardeais votarão na Capela Sistina, lugar que lembra a presença de Deus e da responsabilidade eterna diante d’Ele. Concluiu com um apelo pela intercessão de Nossa Senhora e pela ação do Espírito Santo sobre os eleitores: “Oremos para que Deus conceda à Igreja o Papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual”.

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Com informações de Vatican News