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Leão XIV preside primeiro Regina Caeli da janela apostólica e convida fiéis a serem morada de Deus

Em mensagem na Praça São Pedro, Pontífice reflete sobre a ação do Espírito Santo e a proximidade divina na vida dos cristãos

Em um domingo de profunda significância pascal, o Papa Leão XIV conduziu a oração do Regina Caeli junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Este momento tornou-se particularmente especial por marcar a primeira vez que o Pontífice rezou da tradicional janela do Palácio Apostólico, um costume dominical dos Papas. A última ocasião em que um Papa ali esteve remonta a 2 de fevereiro, com o querido Papa Francisco.

Ao iniciar sua alocução, Leão XIV dirigiu-se aos numerosos presentes, expressando sua gratidão pelo carinho e apoio recebidos nos primeiros dias de seu pontificado. Com humildade, solicitou que continuassem a sustentá-lo com suas orações e proximidade fraterna, elementos essenciais para a sua missão.

Inspirado pelo Evangelho do dia (cf. Jo 14, 23-29), o Santo Padre recordou aos fiéis que, apesar da sensação de inadequação que por vezes experimentamos diante dos chamados divinos, não devemos fixar o olhar em nossas próprias forças. “Mas o Evangelho deste domingo”, disse, “diz-nos que não devemos olhar para as nossas forças, mas para a misericórdia do Senhor que nos escolheu, certos de que o Espírito Santo nos guia e nos ensina todas as coisas.”

O Papa Leão XIV aprofundou a reflexão sobre a promessa de Jesus aos discípulos na véspera de Sua Paixão: o dom do Espírito Santo. Explicou que, ao permanecermos no amor de Cristo, Ele vem fazer morada em nós. “A nossa vida torna-se templo de Deus e este amor ilumina-nos, abre caminho no nosso modo de pensar e nas nossas escolhas, a ponto de se estender também aos outros e iluminar todas as situações da nossa existência”, elucidou o Pontífice.

Este habitar de Deus em nós, continuou ele, é precisamente o presente do Espírito Santo. É o Espírito Consolador que nos conduz pela mão, permitindo-nos experimentar, no cotidiano, a presença e a proximidade de Deus, transformando-nos em Sua morada viva.

Com palavras de encorajamento, Leão XIV convidou cada fiel a contemplar sua vocação, as realidades e pessoas confiadas, os compromissos assumidos e o serviço na Igreja. “É belo que cada um de nós possa dizer com confiança: embora eu seja frágil, o Senhor não se envergonha da minha humanidade, pelo contrário, vem habitar em mim. Acompanha-me com o seu Espírito, ilumina-me e faz de mim um instrumento do seu amor para os outros, a sociedade e o mundo.”

Fundamentado nesta promessa divina, o convite do Papa é para que todos caminhem na alegria da fé, esforçando-se para ser um templo santo do Senhor e para levar Seu amor a todos os cantos. Ele ressaltou que cada irmão e irmã é morada de Deus, cuja presença se manifesta de modo especial nos mais pequeninos, nos pobres e nos que sofrem, interpelando-nos a sermos cristãos atentos e compassivos.

Ao concluir sua mensagem, o Papa Leão XIV confiou todos os presentes e suas intenções à intercessão da Virgem Maria. “Por obra do Espírito, Ela tornou-se ‘morada consagrada a Deus’. Com Ela, também nós podemos experimentar a alegria de acolher o Senhor e de ser sinal e instrumento do seu amor”, finalizou.


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Com informações de Vatican News