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Novas normas para o discernimento de aparições e fenômenos religiosos estão sendo preparadas pelo Vaticano

Cardeal Victor Fernández revela a elaboração de diretrizes atualizadas para avaliar aparições e fenômenos espirituais.

Em recente declaração ao National Catholic Register, da EWTN, o Cardeal Victor Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, compartilhou novidades sobre um importante documento em elaboração pelo Vaticano. Durante uma audiência privada com o Papa Francisco na última segunda-feira (22), Fernández anunciou que o Vaticano está finalizando “um novo texto com diretrizes e normas claras para o discernimento de aparições e outros fenômenos”. Este anúncio marca um momento significativo, sendo a primeira atualização desde 1978, durante o pontificado do Papa São Paulo VI, sobre como a Igreja deve abordar e discernir aparições e fenômenos espirituais.

O Catecismo da Igreja Católica, ao tratar do assunto, esclarece que ao longo da história, “tem havido revelações ditas «privadas»”, reconhecidas em alguns casos pela autoridade eclesiástica, mas que “não pertencem ao depósito da fé”. O propósito dessas revelações é auxiliar na vivência da fé “numa determinada época da história”, conforme descrito no parágrafo 67 do CIC.

A cautela da Igreja em relação a esses fenômenos não é recente. Já em 1907, o Papa Pio X, através da Encíclica Pascendi Dominici Gregis, destacou “A suma prudência de que usa a Igreja nesta matéria”, enfatizando a importância de não permitir a divulgação de tradições sem precauções específicas e lembrando que a aceitação de tais fenômenos pela Igreja não implica automaticamente em sua veracidade, mas na permissão de crédito quando há argumentos humanos plausíveis.

O documento também abordará aparições consideradas não sobrenaturais, como as ocorridas em 1951, em Liá, nas Filipinas, e a de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, reiterando a complexidade e a necessidade de um discernimento cuidadoso por parte da Igreja.

Fonte: ACI Digital

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