Suicídio assistido no Canadá cresce 13 vezes desde 2016 e se torna prática rotineira
Relatório revela que critérios para eutanásia foram amplamente expandidos, com o tempo médio entre pedido e morte reduzido para 11 dias.
Um novo relatório sobre o suicídio assistido no Canadá, prática que o governo chama de “assistência médica para morrer” (MAiD), revelou que a prática aumentou 13 vezes desde sua legalização em 2016, tornando-se uma rotina no país. O relatório, intitulado “De Excepcional a Rotineiro: A Ascensão da Eutanásia no Canadá”, foi publicado em 7 de agosto e aponta que o tempo médio entre o pedido e a realização da morte assistida é de apenas 11 dias.
O documento destaca que o Canadá ultrapassou em muito as limitações previstas ou recomendadas para salvaguardar contra potenciais problemas quando a prática foi legalizada. “O número crescente de mortes por MAiD e a contínua expansão dos critérios de elegibilidade estão muito além das expectativas estabelecidas no caso Carter v. Canadá, que descriminalizou a morte assistida em 2015”, afirma o relatório.
Desde então, quase nenhum pedido de MAiD é negado pelos médicos, e a prática deixou de ser uma opção de “último recurso”. Em 2022, o tempo médio entre o pedido por escrito e a morte foi de apenas 11 dias, o que revela a normalização da prática. O relatório, elaborado por Alexander Raikin, especialista em bioética do Ethics and Public Policy Centre, um think tank com sede em Washington, D.C., alerta que os sinais de alerta sobre a inadequação das salvaguardas já estão visíveis há algum tempo.
O relatório também menciona que em 2019, uma decisão da Corte Superior de Quebec enfraqueceu ainda mais as proteções existentes ao permitir a morte assistida para pessoas que não estavam enfrentando uma situação de fim de vida. Como resultado, o período mínimo de avaliação de dez dias para MAiD foi removido, permitindo a avaliação e a realização do procedimento no mesmo dia para quase todos os pedidos.
Além disso, o documento aponta que MAiD foi expandido para incluir pessoas cuja morte não é “razoavelmente previsível”, mas que consideram seu sofrimento físico intolerável. A prática foi ampliada ainda mais pelo Senado para incluir doenças mentais como condição qualificável, embora essa cláusula tenha sido adiada para 2027.
O relatório adverte que o modelo canadense se assemelha ao da Bélgica e dos Países Baixos, onde a morte assistida é permitida para pessoas com doenças não terminais, ampliando a elegibilidade para aqueles que vivem com deficiências e cujo óbito não é previsível.
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Com informações de Catholic Herald