Estudo revela que cristãos representam quase metade dos migrantes internacionais, com EUA como principal destino
Análise do Pew Research Center destaca que 47% dos migrantes globais são cristãos, com um aumento significativo nos últimos 30 anos.
Uma nova análise do Pew Research Center revelou que quase metade dos 280 milhões de migrantes internacionais no mundo são cristãos. O estudo, divulgado em 19 de agosto, apontou que em 2020, 47% das pessoas que viviam fora de seus países de origem eram cristãs, seguidas por muçulmanos (29%) e pessoas sem filiação religiosa (13%). Os Estados Unidos são o principal destino desses migrantes, abrigando 27% do total global de cristãos migrantes, seguido por Alemanha e Rússia.
O número de migrantes internacionais cresceu 83% nas últimas três décadas, superando o crescimento da população mundial. Nesse período, a quantidade de migrantes cristãos aumentou em 80%, mas a composição religiosa dos migrantes permaneceu relativamente estável. O México é o país de origem mais comum dos migrantes cristãos, com a maioria se dirigindo aos Estados Unidos. Outras rotas significativas incluem a migração das Filipinas para os EUA e da Rússia para o Cazaquistão.
O estudo também destacou mudanças notáveis na Europa, especialmente na Espanha, onde a população de migrantes cristãos saltou de menos de 500 mil para quase 4,2 milhões nas últimas três décadas. Esse crescimento foi impulsionado por crises econômicas na América Latina e no Caribe, que forçaram milhões a buscar trabalho em outros países. Além disso, muitos romenos migraram para a Espanha durante esse período.
Apesar de representarem uma porcentagem menor do total de migrantes, os judeus são o grupo mais propenso a migrar, com 1 em cada 5 vivendo fora de seu país de origem. A análise sugere que migrantes tendem a se estabelecer em países onde sua identidade religiosa já é prevalente, como muçulmanos se mudando para a Arábia Saudita e judeus para Israel.
A pesquisa também observou que, em alguns países que historicamente perderam muitos cristãos devido à migração, como a Rússia e Moçambique, houve uma recuperação populacional graças à maior estabilidade política, resultando no retorno de muitos migrantes.
Com informações de National Catholic Register