Novo estudo aponta que o Sudário de Turim data da época de Jesus Cristo
Pesquisadores italianos utilizam técnica inovadora de raios-X para analisar a idade do tecido

Cientistas italianos do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR) apresentaram evidências surpreendentes sobre a autenticidade do Sudário de Turim. Utilizando uma técnica inovadora chamada espalhamento de raios-X de grande ângulo (WAXS), os pesquisadores analisaram oito pequenas amostras do tecido, concluindo que o sudário tem aproximadamente 2.000 anos.
O estudo, publicado na revista Heritage, focou na análise da celulose do linho, que se deteriora lentamente ao longo do tempo. Os cientistas deduziram que o sudário foi mantido em condições específicas de temperatura (cerca de 22,5°C) e umidade relativa (aproximadamente 55%) por 13 séculos antes de ser levado para Chambery, na França, nos anos 1350.
Dr. Liberato De Caro, um dos cientistas envolvidos na pesquisa, questionou a precisão do teste de carbono-14 realizado em 1988, que havia datado o sudário como uma falsificação medieval. Ele argumentou que as amostras de tecido estão sujeitas a diversos tipos de contaminação, que podem afetar os resultados da datação por carbono-14.
Este estudo é o segundo publicado este ano que data o Sudário de Turim para a época de Jesus, e o quarto a chegar a essa conclusão em pouco mais de uma década. Outro estudo recente, utilizando testes isotópicos, revelou que o linho usado para fazer o sudário foi cultivado no Oriente Médio, especificamente na região do Levante ocidental.
William Meacham, arqueólogo americano que encomendou esse estudo isotópico, afirmou que a origem do Oriente Próximo levanta novas dúvidas sobre a interpretação do sudário como uma simples relíquia falsa feita na Europa medieval.
O Sudário de Turim, que apresenta a impressão de um homem crucificado, tem sido objeto de intenso debate científico e teológico. Estes novos estudos acrescentam evidências significativas à discussão sobre sua autenticidade e origem, desafiando teorias anteriores e abrindo novas perspectivas para a pesquisa histórica e religiosa.
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Com informações de Catholic Herald