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Papa Francisco alerta sobre riscos éticos da inteligência artificial

Em discurso à Academia Pontifícia das Ciências, o Papa destaca a importância de preservar a dimensão humana no avanço tecnológico

O Papa Francisco, em um discurso preparado para a Assembleia da Academia Pontifícia das Ciências, alertou sobre os riscos de manipulação associados ao uso da inteligência artificial (IA). O texto, divulgado pelo Vaticano, destaca a necessidade de prevenir o uso inadequado dessas tecnologias, especialmente no que diz respeito à manipulação da opinião pública, influências no consumo e interferências em processos eleitorais.

Embora o Papa não tenha comparecido pessoalmente à audiência devido a um leve estado gripal, a mensagem foi entregue aos participantes, ressaltando tanto os benefícios quanto os perigos da IA. Francisco reconheceu que a inteligência artificial pode trazer avanços significativos, como inovações no campo da medicina e na proteção ambiental. No entanto, ele também advertiu sobre as possíveis implicações negativas, especialmente para crianças e adultos vulneráveis.

O pontífice enfatizou que todo progresso científico e tecnológico deve sempre preservar a dimensão humana e ética. Ele mencionou o conceito do “Antropoceno”, popularizado pelo químico Paul Crutzen, para destacar as consequências dramáticas que o avanço desenfreado da tecnologia pode trazer para a natureza e a humanidade, em especial no contexto da crise climática e da perda de biodiversidade.

Francisco concluiu sua reflexão sublinhando a urgência de um discurso público mais inclusivo, que envolva não apenas as diferentes disciplinas científicas, mas também a participação ativa de toda a sociedade, especialmente diante dos desafios sociais, políticos e ambientais que o mundo enfrenta.

Com informações de Agência Ecclesia