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Papa Francisco alerta: Europa à beira de uma “quase guerra mundial”

Em visita à Bélgica, o Pontífice faz apelo urgente pela paz e critica o esquecimento das lições da história

Durante sua visita à Bélgica, o Papa Francisco lançou um alerta contundente sobre a situação atual da Europa, descrevendo-a como estando à beira de uma “quase guerra mundial”. O Pontífice aproveitou a ocasião para fazer um apelo urgente à paz e à reconciliação, criticando duramente o esquecimento das lições dolorosas da história.

Francisco descreveu a Bélgica como uma “ponte” crucial para a construção da paz e o repúdio à guerra, destacando seu papel histórico na reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. O Papa enfatizou a importância de manter viva a memória do passado, incluindo não apenas os momentos de luz e civilização, mas também os períodos sombrios de guerras e colonialismo.

“A concórdia e a paz não são uma conquista alcançada de uma vez por todas, mas antes uma tarefa e uma missão incessante a cultivar, a cuidar com tenacidade e paciência”, afirmou o Santo Padre. Ele alertou sobre a “desconcertante capacidade” do ser humano de repetir erros do passado, mesmo após aparentes superações.

O Pontífice fez uma referência velada, mas clara, à situação na Ucrânia, advertindo que quando se começa a desrespeitar fronteiras e tratados, atribuindo às armas a criação do direito, “abre-se a caixa de Pandora e todos os ventos começam a soprar violentamente, sacudindo a casa e ameaçando destruí-la”.

Francisco clamou por uma ação cultural, social e política “constante e oportuna, corajosa e ao mesmo tempo prudente”, que exclua a guerra como opção viável. Ele também fez um apelo para que a Europa se reencontre e invista no futuro, abrindo-se à vida em vez de à morte e à corrida armamentista.

O Papa concluiu sua mensagem com um chamado para “derrotar o inverno demográfico e o inferno da guerra”, reforçando a urgência de um despertar de consciência coletivo para evitar catástrofes futuras.

Com informações de Vatican News