“Desça Depressa!” – Papa Francisco destaca o encontro de Jesus com Zaqueu como símbolo da busca de Deus pelos perdidos
Na catequese do Jubileu, Pontífice reflete sobre como o olhar misericordioso de Cristo transforma Zaqueu, convidando-nos a não perder a esperança e a deixarmo-nos encontrar.

Continuando sua série de catequeses sobre os encontros de Jesus, preparatórias para o Jubileu 2025 sob o tema “Jesus Cristo nossa Esperança”, o Papa Francisco dedicou a reflexão desta quarta-feira (02/04) à figura de Zaqueu. O Papa apresentou o chefe dos publicanos de Jericó como um exemplo poderoso da misericórdia de Deus que busca ativamente aqueles que se sentem “irremediavelmente perdidos”.
Francisco destacou a escolha de Jesus por Jericó, uma cidade “abaixo do nível do mar”, simbolicamente vista como um “inferno”, para ilustrar a determinação de Cristo em ir ao encontro dos perdidos. “Na realidade”, afirmou o Papa, “o Senhor Ressuscitado continua descendo ao inferno de hoje, aos lugares de guerra, de dor dos inocentes, nos corações das mães que veem morrer seus filhos, na fome dos pobres.”
Zaqueu, descrito como chefe dos publicanos e rico – provavelmente às custas dos outros – sentia-se excluído e desprezado. No entanto, ao saber da passagem de Jesus, um forte desejo de vê-lo surge em seu coração. Este desejo enfrenta obstáculos: sua baixa estatura e a multidão hostil. Mas, como ressaltou o Papa, “quando temos um desejo forte, não nos desanimamos”. Zaqueu, com a simplicidade e a coragem de uma criança, supera a vergonha e sobe em uma árvore.
É nesse momento que “o inesperado acontece sempre” com o Senhor. Jesus não apenas passa, mas olha para cima, vê Zaqueu e o chama: “Zaqueu, desça depressa, pois hoje é necessário que eu fique em tua casa”. O Papa enfatiza que este olhar não é de reprovação, mas de pura misericórdia – uma misericórdia que, segundo Francisco, às vezes temos dificuldade em aceitar, especialmente quando direcionada àqueles que julgamos indignos. “Deus não pode passar sem procurar os perdidos”, reiterou.
A resposta de Zaqueu é imediata: desce cheio de alegria, sentindo-se visto, reconhecido e perdoado. Essa alegria o impulsiona a um compromisso concreto: “levanta-se, como se tivesse ressuscitado”, e promete restituir quatro vezes mais o que roubou. O Papa esclarece que isso não é um pagamento pelo perdão gratuito de Deus, mas uma expressão do desejo de imitar Aquele que o amou primeiro, um passo concreto nascido de sua própria história.
Concluindo, Papa Francisco convidou todos a aprender com Zaqueu: “a não perder a esperança, mesmo quando nos sentimos excluídos ou incapazes de mudar”. Encorajou a cultivar o desejo de ver Jesus e, fundamentalmente, a “deixarmo-nos encontrar pela misericórdia de Deus que sempre vem nos procurar, em qualquer situação em que estejamos perdidos”.
A Rádio Aliança se une à reflexão do Papa Francisco sobre a inesgotável misericórdia de Deus. Sua contribuição nos ajuda a espalhar esta mensagem de esperança: alianca.fm.br/contribuintes
Com informações de Vatican News