Terceiro dia de trabalhos da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP). Nesta sexta-feira os trabalhos, como de costume tiveram início com a celebração da Santa Missa na Basílica Nacional. A celebração foi presidida por Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito de Manaus. Participaram da procissão de entrada os muitos bispos eméritos presentes nesta Assembleia Geral.
Já na Santa Missa na manhã de ontem, o núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello acolheu os novos bispos nomeados no último ano pelo Papa Francisco e falou que os bispos se coloquem à serviço da Igreja como o Bom Pastor.
Tema central
Além do tema central: “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”, mais de trinta assuntos serão trabalhados nesta Assembleia Geral da CNBB no intuito de buscar a plena participação de todo o episcopado brasileiro nos dias de atividades.
Segundo Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de Osasco (SP), as decisões tomadas na Assembleia não se referem a uma determinada circunscrição ou Diocese. São assuntos que dizem respeito a todo o episcopado e assuntos relevantes para a Igreja e a sociedade brasileira. “A Assembleia Geral da CNBB é um evento eclesial que pretende buscar a unidade da Igreja. Nenhum assunto é decidido sem que se gaste bastante tempo ouvindo as opiniões dos irmãos bispos, contestando, se for o caso, estudando em grupos e retornando para a grande plenária. Os textos que são aprovados são revirados de todos os jeitos para que se chegue a uma unanimidade que é importante para que a Igreja caminhe”, declarou.
Temas prioritários
Dentre os temas que serão abordados durante a Assembleia, a evangelização nos centros urbanos ganhará destaque. Outro tema que também implicará a reflexão aprofundada do episcopado é a manutenção do estado laico. “Muitos entendem o estado laico como um estado contra as religiões ou um estado ateu. Um estado laico é aquele onde todas as religiões tem o seu espaço e onde a liberdade religiosa realmente existe. O estado laico não se compromete com nenhuma religião e favorece a todas. Se temos um estado laico, temos uma nação religiosa”, explicou Dom João Bosco.
Sobre os trabalhos até o momento e o tema central, nós conversamos com Dom Darci José Nicioli, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB.