Papa Leão XIV celebra missa pela proteção da criação em Castel Gandolfo
Pontífice usa novo formulário litúrgico no Borgo Laudato si e faz apelo à conversão ecológica

“Neste dia lindíssimo, gostaria de convidar a todos a viver aquilo que estamos celebrando”, disse o Papa Leão XIV ao iniciar a homilia da missa privada no Borgo Laudato Si, em Castel Gandolfo. O Santo Padre utilizou, pela primeira vez, o novo formulário litúrgico “Pela Proteção da Criação”.
O texto, apresentado em 3 de julho, insere-se no compromisso da Igreja de viver a conversão ecológica de forma concreta, por meio de orações e leituras bíblicas específicas.
De forma espontânea, o Pontífice agradeceu a todos que se dedicam à missão do Centro, inspirado na encíclica Laudato si do Papa Francisco, ressaltando a necessidade de cuidar da criação.
O simbolismo do espaço inspirou o Santo Padre a um apelo à conversão: “Devemos rezar pela conversão de muitas pessoas que ainda não reconhecem a urgência de cuidar da casa comum”.
Leão XIV recordou os desastres naturais causados pelos excessos do ser humano e questionou se estamos vivendo essa conversão.
O Pontífice uniu o clima de oração à dura realidade global, marcada pelo aquecimento global e conflitos armados, e ressaltou que, no coração do Jubileu, há esperança em Jesus, que acalma a tempestade.
Leão XIV destacou a sintonia entre Jesus e a natureza, lembrando que as parábolas com que anunciava o Reino de Deus revelam um profundo vínculo com a terra e as águas.
O Papa recordou que a fé implica compromisso: “Nossa missão é cuidar da criação, levar a ela paz e reconciliação. Nós escutamos o clamor da terra e dos pobres, pois esse clamor chegou ao coração de Deus”.
Leão XIV citou São Francisco de Assis e ressaltou que o olhar contemplativo pode romper com a lógica do pecado e restaurar as relações com Deus, com os irmãos e com a terra.
O Papa também ressaltou a vocação do Borgo Laudato si de ser um “laboratório” onde se viva a harmonia com a criação.
Por fim, Leão XIV situou a Eucaristia como o centro da ecologia integral e confiou aos presentes o “louvor cósmico” de Santo Agostinho: “Senhor, ‘as tuas obras te louvam para que te amemos, e nós te amamos para que as tuas obras te louvem’”.
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Com informações de Vatican News