Um clamor pela paz: Papa Leão XIV reage à tragédia em Gaza

Diante da dolorosa notícia do ataque que atingiu a paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza, o Papa Leão XIV elevou sua voz em um forte apelo pela paz. A tragédia, ocorrida na última quinta-feira (17), resultou na morte de três fiéis e deixou outros dez feridos, entre eles o pároco, Padre Gabriel Romanelli. A dor da comunidade local ecoou no coração da Igreja e encontrou no Santo Padre um porta-voz incansável.

Neste domingo (20), ao ser abordado por jornalistas nas ruas de Albano, o Papa não hesitou em delinear o único caminho possível para a resolução dos conflitos. “É preciso rezar pela paz e tentar convencer todas as partes a se sentarem à mesa para negociar, dialogar e depor as armas”, afirmou, com a serenidade de quem confia na Providência, mas compreende a urgência da ação humana. “O mundo não aguenta mais, há tantos conflitos, tantas guerras, é preciso trabalhar verdadeiramente pela paz”.

O Pontífice também revelou detalhes de sua conversa telefônica com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Na ocasião, Leão XIV insistiu na “necessidade de proteger os locais sagrados de todas as religiões” e de trabalhar com “verdadeiro respeito pelas pessoas”, buscando deixar para trás a espiral de “tanta violência e tanto ódio”. O diálogo foi um apelo veemente por um cessar-fogo e pelo fim da guerra.

A preocupação do Papa se estende à dramática situação humanitária que assola a população de Gaza. Ele destacou o preço devastador do conflito, pago especialmente pelas crianças, idosos e doentes, que são os mais vulneráveis em meio à violência.

Durante a oração do Angelus, em Castel Gandolfo, Leão XIV voltou a falar sobre as “notícias dramáticas que chegam do Oriente Médio”. Com o coração pesaroso, expressou sua profunda dor pelo ataque, nomeando as vítimas fatais: Saad Issa Kostandi Salameh, Foumia Issa Latif Ayyad e Najwa Ibrahim Latif Abu Daoud. “Peço novamente que pare imediatamente a barbárie da guerra e que se alcance uma resolução pacífica do conflito”, suplicou.

Em um apelo direto à comunidade internacional, o Papa pediu a observância do direito humanitário, a proteção dos civis e o fim de práticas como a punição coletiva e o deslocamento forçado da população.

Aos amados cristãos do Oriente Médio, o Santo Padre dirigiu uma palavra de consolo e proximidade: “Estou próximo à sensação de vocês de poder fazer pouco diante desta situação tão dramática. Vocês estão no coração do Papa e de toda a Igreja. Obrigado pelo testemunho de fé de vocês”.

Por fim, o Papa Leão XIV saudou a iniciativa do Fórum Internacional da Ação Católica, a “Maratona de Oração pelos Governantes”, convidando todos a dedicarem um minuto de oração para que o Senhor “ilumine os nossos governantes e inspire neles projetos de paz”.

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Com informações de Vatican News