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Papa Leão XIV: “A Igreja rejeita o antissemitismo por causa do próprio Evangelho”

Ao celebrar os 60 anos da declaração Nostra Aetate, o Papa dedicou a catequese ao diálogo inter-religioso, afirmando que o amor é o único caminho para a paz e a colaboração entre os povos.

Na Audiência Geral desta quarta-feira (29), o papa Leão XIV dedicou sua catequese a um dos documentos mais luminosos do Concílio Vaticano II: a Declaração Nostra Aetate. Ao celebrar os 60 anos de sua promulgação, o pontífice reafirmou o compromisso da Igreja com o diálogo e a colaboração entre as religiões, destacando que este é o caminho para a paz num mundo fragmentado.

“Este documento ensina-nos a encontrar os seguidores de outras religiões não como estranhos, mas como companheiros no caminho da verdade”, afirmou o Papa. Inspirando-se no encontro de Jesus com a mulher samaritana, Leão XIV explicou que o diálogo autêntico nasce de uma sede mútua: “a sede de Deus pelo coração humano e a sede humana de Deus”. É uma troca sincera, baseada na escuta atenta e no enriquecimento mútuo.

Um dos pontos mais fortes da catequese foi a clara e inequívoca condenação ao antissemitismo. Recordando que a Nostra Aetate representou um “ponto de não retorno” na relação com o povo judeu, o Papa declarou com veemência:

“A Igreja não tolera o antissemitismo e o combate, por causa do próprio Evangelho.”

Ele ressaltou que a Igreja reconhece suas raízes mais profundas nos patriarcas, em Moisés e nos profetas, e que essa herança comum exige respeito e fraternidade.

Leão XIV estendeu o chamado ao diálogo a todas as tradições religiosas, afirmando que “todas as religiões podem refletir um raio da verdade que ilumina todos os homens”. Ele exortou os católicos a valorizarem o que há de bom, verdadeiro e santo em outras crenças, rejeitando qualquer forma de discriminação.

Diante dos desafios atuais, como as novas tecnologias e os conflitos, o Papa fez um apelo à unidade: “Mais do que nunca, o mundo precisa da nossa unidade, da nossa amizade e da nossa colaboração. Trabalhemos juntos, porque se estivermos unidos, tudo é possível”.

Concluindo, o Santo Padre lembrou que “a paz começa no coração dos homens” e convidou todos a um momento de oração silenciosa, pois, segundo ele, “a oração tem o poder de transformar as nossas atitudes, os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas ações”.

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Com informações de Vatican News