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Dom Maurício destaca a reciprocidade na fé através do Projeto Igrejas Irmãs

Iniciativa fortalece a missão eclesial ao promover a cooperação entre igrejas

 

Durante uma coletiva de imprensa realizada no último dia 15, no Centro de Evento Pe. Vítor Coelho, o bispo de Rondonópolis-Guiratinga (MAT) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, dom Maurício da Silva Jardim, deu detalhes sobre o “Projeto Igrejas Irmãs”. Ele descreveu a iniciativa como um intercâmbio benéfico, onde “a Igreja que envia se enriquece e se torna mais missionária ao enviar”. Essa troca, segundo ele, não apenas beneficia a igreja que oferece suporte, mas também aquela que recebe, promovendo um crescimento mútuo na fé.

Dom Maurício enfatizou a importância do envolvimento missionário pessoal, citando São Paulo VI: “Quem evangeliza se evangeliza”. Esse processo de dar e receber tem, segundo ele, fortalecido as igrejas locais no Brasil, tornando-as mais dedicadas à missão devido à generosidade mesmo em meio à escassez.

O “Projeto Igrejas Irmãs”, com mais de meio século de existência, é celebrado por dom Maurício como “uma expressão da maturidade da fé”, alinhado à encíclica Redemptoris Missio, que sublinha a missão como um elemento essencial da fé cristã. O projeto visa a cooperação entre igrejas, especialmente aquelas em situações de maior necessidade, e é considerado um testemunho da maturidade das comunidades locais na fé.

Inspirado pelo Documento de Aparecida, o projeto busca sensibilizar as igrejas no Brasil para a cooperação missionária, enfatizando a partilha de fé, experiências pastorais e recursos como expressões de caridade cristã. A missão, conforme destacado, transcende atividades ou dimensões específicas, sendo a essência e identidade da Igreja.

A cooperação missionária, que pode assumir formas espirituais, econômicas, ou até mesmo o sacrifício da própria vida, é um chamado a todos os batizados. A iniciativa se baseia numa espiritualidade missionária profunda, promovendo o diálogo e a inculturação. A Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial também ressalta a importância do discernimento na seleção e preparo dos missionários, bem como no acompanhamento e reintegração destes à vida eclesial após cumprirem suas missões. De acordo com uma pesquisa recente da Comissão, das 212 igrejas locais consultadas, 99 participam ativamente do projeto, enquanto 113 ainda não se envolveram.

Fonte: CNBB