Papa Francisco encontra comunicadores no primeiro Jubileu Temático do Ano Santo
Durante evento no Vaticano, o Santo Padre destaca a comunicação como ato de coragem e vocação.
O Vaticano realizou o primeiro Jubileu temático deste Ano Santo, reunindo milhares de jornalistas de 138 países na Sala Paulo VI. O evento superou as expectativas dos organizadores e contou com a presença do Papa Francisco, que optou por deixar de lado seu discurso preparado para se dirigir aos comunicadores de forma mais espontânea.
Em suas palavras, o Papa afirmou que “comunicar é sair um pouco de nós mesmos, para dar algo de mim ao outro”, ressaltando que a comunicação é tanto uma doação quanto um encontro. Ele expressou sua alegria por estar com os comunicadores, reconhecendo que o trabalho deles é fundamental para construir a sociedade e a Igreja com verdade. “Comunicar é algo divino. Obrigado por aquilo que fazem”, disse ele.
Após a bênção, o Santo Padre cumprimentou pessoalmente alguns dos presentes, incluindo o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini. Em um discurso formal, Francisco lembrou-se dos comunicadores que perderam a vida em busca da verdade, destacando a coragem deles em relatar os horrores da guerra. Ele também orou por aqueles que estão detidos por sua profissão, afirmando que “a liberdade deles é a liberdade de cada um de nós”.
O Papa enfatizou a importância da liberdade de imprensa e de pensamento, considerando a informação livre, responsável e correta como um patrimônio a ser preservado. Ele destacou que ser jornalista é mais do que uma profissão; é uma vocação com uma missão especial e uma grande responsabilidade, capaz de dar voz aos marginalizados e acender a esperança.
Outro ponto importante abordado por Francisco foi a coragem, diretamente ligada ao coração. Ele instou os comunicadores a redescobrirem essa coragem e a se libertarem de elementos que corroem o coração, como a “atrofia cerebral” provocada pela sobrecarga digital. O Papa enfatizou a necessidade de alfabetização midiática e a importância de se trabalhar juntos na formação, especialmente para os jovens, afirmando que “os grandes combates não podem ser o resultado de mentes adormecidas, mas devem começar com corações iluminados”.
Como exemplo de coragem, o Pontífice citou a conversão de São Paulo, recordando que seu encontro transformador com Jesus foi o resultado de uma comunicação direta. O convite do Santo Padre aos jornalistas foi claro: contar histórias de esperança e semear a possibilidade de restauração, mesmo em contextos difíceis. “Contar a esperança significa ver as migalhas do bem, mesmo quando tudo parece perdido”, concluiu.
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Com informações de Vatican News