Em missa para mais de um milhão de jovens, Papa se emociona e os envia: “Aspirem a grandes coisas”
No encerramento do Jubileu da Juventude, Leão XIV exortou os peregrinos a não saciarem a sede do coração com substitutos e a encontrarem a verdadeira plenitude em Cristo

A grande esplanada de Tor Vergata tornou-se, na manhã deste domingo (3), o coração pulsante da Igreja. Diante de mais de um milhão de jovens peregrinos que passaram a noite em vigília de oração, o Papa Leão XIV não conseguiu conter a emoção ao presidir a missa de encerramento do Jubileu da Juventude, deixando uma mensagem que ecoará por muito tempo na vida de cada um dos presentes.
Após uma noite marcada por um comovente e silencioso momento de adoração eucarística, a alegria explodiu novamente ao ver o Santo Padre chegar de helicóptero. Do imponente palco, com a voz visivelmente emocionada, ele fez um apelo paternal e vigoroso: “Aspirem a grandes coisas, à santidade, onde quer que estejam. Não se contentem com menos”.
Em sua homilia, o Papa mergulhou no profundo desejo de plenitude que habita o coração humano. Ele advertiu os jovens a não tentarem saciar essa sede com “substitutos ineficazes”, mas a usarem a inquietação da alma como “um banquinho para subir e espiar, como crianças, na ponta dos pés, pela janela do encontro com Deus”.
Para ilustrar este caminho, Leão XIV meditou sobre a passagem dos discípulos de Emaús. Ele recordou como, assustados e desiludidos após a Paixão de Cristo, eles se afastaram de Jerusalém. Foi justamente neste caminho de desolação que encontraram o Ressuscitado. “Eles o acolheram como companheiro de viagem, ouviram-no enquanto lhes explicava as Escrituras e, finalmente, reconheceram-no ao partir o pão”, disse o Papa.
Este encontro, explicou, transformou a tristeza em esperança, e pode fazer o mesmo na vida de cada jovem hoje. “O encontro com o Ressuscitado que muda nossa existência, que ilumina nossos afetos, desejos e pensamentos”, afirmou, convidando cada um a abrir “de par em par o coração” para se aventurar com Deus.
O Santo Padre também ofereceu uma bela reflexão sobre a fragilidade humana, um tema que muitas vezes é evitado. Comparando a existência à delicadeza da erva do campo, ele ensinou que os limites e a finitude não devem ser vistos como um problema, mas como parte da nossa condição. “A fragilidade, de fato, faz parte da maravilha que somos”, destacou, pois é nela que a graça de Deus se manifesta e nos regenera constantemente no amor.
Recordando a semana jubilar, o Papa valorizou a participação dos jovens nos encontros culturais e, principalmente, no Sacramento da Reconciliação, onde receberam o perdão de Deus. Ele ressaltou que a plenitude da vida não está no que se acumula, mas no que “sabemos acolher e partilhar com alegria”, crescendo em compaixão, humildade e paciência.
Evocando a memória de São João Paulo II, o Pontífice exclamou que “nossa esperança é Jesus”, Aquele que suscita o desejo de “fazer da vossa vida algo grande”. Como modelos para este caminho, o Papa citou os beatos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, que em breve serão canonizados.
Ao final, antes da bênção, o Papa Leão XIV os confiou à “Virgem da esperança”, enviando-os como missionários de volta a seus países. “Continuem caminhando com alegria nas pegadas do Salvador e contagiem aqueles que encontrarem com o entusiasmo e o testemunho de sua fé. Boa viagem!”, concluiu, sob os aplausos emocionados da juventude do mundo inteiro.
A missão continua! Assim como o Papa enviou os jovens para contagiarem o mundo com a alegria da fé, a Rádio Aliança busca ser, todos os dias, essa voz de esperança e entusiasmo. Ajude-nos a levar adiante esta missão. Sua generosidade é o que nos permite ser um farol de esperança no ar. Contribua em: alianca.fm.br/contribuintes