A presença discreta que marcou a santidade de Carlo Acutis

Antes de ser reconhecido como o “gênio da informática de Deus” e de conquistar fama mundial por sua paixão pela Eucaristia, Carlo Acutis contou com um auxílio silencioso, mas essencial: a dedicação de sua babá, a polonesa Beata Sperczyńska.

Embora seus pais fossem católicos de tradição, a prática religiosa quase não fazia parte da rotina familiar. A própria mãe, Antonia Salzano, relembra que havia frequentado a igreja pouquíssimas vezes antes do nascimento de Carlo. Foi nesse contexto que Beata entrou na vida da família e acabou se tornando a primeira referência concreta de fé para o menino.

Com ternura e simplicidade, a jovem au pair polonesa ensinou-lhe as primeiras orações, apresentou-lhe a devoção mariana e conduziu Carlo às celebrações da Missa. Foi também ela quem lhe mostrou a imagem da Virgem Negra de Czestochowa, fortalecendo no coração do garoto um vínculo especial com Nossa Senhora e com a oração do Rosário.

Um detalhe curioso é que Carlo aprendeu a primeira oração em polonês: a invocação ao anjo da guarda. No início, repetia as palavras sem compreender, mas logo começou a pedir explicações, revelando a sede espiritual que o acompanharia pela vida inteira.

Beata ainda recorda um episódio marcante: durante uma festa infantil, algumas crianças zombaram do rosário que ela trazia ao pescoço. Carlo, então com três anos, defendeu-a com firmeza, declarando que aquele era “o rosário mais bonito do mundo”. Um gesto pequeno, mas revelador da sua coragem e sensibilidade para as coisas de Deus.

A própria trajetória de Beata, vinda de uma pequena aldeia polonesa e formada na fé sólida do seu povo, ajudou a transmitir a Carlo uma espiritualidade viva e concreta. Inspirada também pelos ensinamentos de São João Paulo II, ela semeou no menino uma fé que cresceu de maneira surpreendente e hoje inspira milhares de fiéis ao redor do mundo.

A história desse encontro mostra que a santidade nunca é construída sozinha. Muitas vezes, são testemunhos simples, quase imperceptíveis, que despertam no coração de uma criança a presença de Deus e a levam a caminhos inimagináveis.

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Com informações de Aleteia