Alerta no RS: Orientações sobre Leptospirose e Dengue após enchentes históricas

Após as maiores enchentes já registradas na história do Rio Grande do Sul e em meio a uma epidemia de dengue, a Secretaria Estadual da Saúde do RS (SES), através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), emite orientações cruciais à população sobre as semelhanças e diferenças entre os sintomas de leptospirose e dengue. A SES ressalta a importância de procurar assistência médica imediatamente ao perceber os primeiros sinais de qualquer uma das doenças, seja em serviços de saúde ou abrigos disponíveis.

Tanto a dengue quanto a leptospirose podem se manifestar inicialmente com sintomas como dor de cabeça, febre alta e dores musculares. A dengue, contudo, tende a apresentar dor atrás dos olhos e nas articulações, enquanto a leptospirose é mais associada a dores na panturrilha e lombar. “Dengue e leptospirose são muito similares nos sintomas iniciais e o que ajudaria no diagnóstico diferencial seria o hemograma, mas sabemos que na maioria dos abrigos este exame não estará disponível, por isso a importância da avaliação por profissional de saúde”, explica Valeska Lizzi Lagranha, bióloga do Cevs.

Leptospirose é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente pela urina de animais infectados, como ratos. O contágio pode ocorrer através de pele lesionada ou íntegra, se imersa em água contaminada, e também por mucosas. Os sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo e calafrios, podem surgir de um a 30 dias após a exposição.

Dengue é causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Caracteriza-se por febre alta súbita, mal-estar geral e sintomas que duram até sete dias.

O estado já contabiliza mais de 105 mil casos confirmados de dengue e 131 óbitos este ano, números recordes para o período.

Com informações do Jornal O Sul e CEVS